terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Pregando com lagrimas


Pregar com lagrimas é a marca da verdadeira pregação do evangelho. Não apenas lagrimas por si só choradas por testemunhas da verdade, mas são uma manifestação externa de grandeza e exaltação do evangelho que realmente salva um pecador de seus pecados. Catherine Booth nos diz que na opinião dela, a pregação em seus dias não tinha muita eficácia. Era uma pregação que não salvava do pecado, não oferecia muito ao pecador exceto um perdão teórico de sua complexa culpa: “a principal idéia do muito que tem se pregado hoje parece ser de ensinar as pessoas e instruí-las, o qual constantemente resulta no endurecimento de seus corações, e arruma para elas uma maneira mais fácil para a perdição que eles não teriam encontrado sem isso. Infelizmente um homem se sente mais confortável quando ele esteve num lugar de adoração e ouviu uma teoria agradável sobre salvação. Toda pregação ou qualquer outro instrumento que não tem como fim a salvação imediata das pessoas somente as leva a confiar em mero ensinamento, o qual é uma pobre imitação. Você pode comprovar isso na maneira que eles falham em trazer pessoas a Cristo. Eu não poderia expressar como meu coração tem sofrido por causa dessa pregação sem sentido e sem objetivo. “

Pregação que não é ardente por trazer as pessoas a vida com Deus o que pode quebrar as cadeias do pecado é uma pregação sem objetivo. Catherine Booth relata esta estória mostrando o exemplo de uma pregação não meramente doutrinária, mas mostrando o poder de Deus e a obra eficaz de Sua Palavra: “Aprouve a Deus que através de um ocorrido com um ministro Batista da cidade começasse haver mais pregação em um lugar onde ultimamente temos experimentado uma obra gloriosa. O ministro ficou tão comovido e tão desperto para suas responsabilidades, que em uma ocasião recente quando ele leu esse texto, ele se quebrantou em lágrimas e houve mais efeito do que todos as pregações que ele pregou nos anos que ele esteve na cidade. O pessoal dele chorou também e muitos deles se converteram novamente. Eu desejo que uns milhares de ministros desse reino pudessem ser tragos a uma situação similar no próximo domingo, que comoção haveria nessa terra, e que rebuliço no inferno, ah, e no céu também!”
Edward Griffin que foi usado por Deus no segundo grande despertamento nos dá um exemplo de trazer pessoas a um Cristo que salva dos pecados. O historiador da igreja David Smithers nos mostra esse quadro: “Um ouvinte do Sr Griffin em Nova Jersey em 1829 nos da uma descrição de sua pregação e do amor e quebrantamento no qual deu aquela pregação esse poder. Durante a maior parte dos seus sermão sua face estava molhada por lagrimas, e por quase uma hora ele falou para nós com tamanha doçura e liberando palavras que parecia que a maioria de seus ouvintes clamavam em agonia profunda com temor e tremor. Que tamanho clima o encerramento teve! Foi maravilhoso como ele suportou todo aquele esforço sem demonstrar nenhum sinal de exaustão física. A agonia mental, e a simpatia do quebrantamento de coração era suficiente para quebrantar um anjo. caindo de joelhos como um machado golpeando o chão, com os braços estendidos lagrimas corriam sobre sua face e ele clamava; “oh! Meus companheiros pecadores que estão morrendo, eu lhes suplico a entregar seus corações agora ao Salvador. Entreguem suas vidas a Jesus, não deixem para depois. Não saiam desta casa sem se dedicarem ao serviço dEle. Para que vocês não venham a chorar dizendo: a colheita passou, o verão terminou eu não estou salvo.”

Revelações Apostólicas


Pedro, Tiago e João parecem que foram os principais dos apóstolos em força espiritual e ousadia; todavia, a manifestação na qual eles tiveram de Cristo no monte da transfiguração quase os deixou aterrorizados. Seus corpos sacudiam debaixo do peso da glória, e quando eles acordaram do sono (ou transe) eles não podiam reconhecer a si mesmos, eles não sabiam o que dizer. Isso tinha acontecido anteriormente com Daniel, e mais tarde com João o apóstolo amado, que quando viu seu Salvador com brilho de glória, caiu diante de seus pés como morto. Paulo não apenas perdeu sua visão em uma ocasião, mas quase perdeu sua vida ficando inapto para tomar qualquer refeição por três dias e três noites. Também geralmente se supõem que Moises realmente morreu debaixo de poderosíssimas revelações do amor redentor. Não obstante, nós aprendemos que a maneira e o tempo de Deus são melhores, e que somos guiados por ambos através de Sua graciosa sabedoria; Ele utilizando os meios pelos quais ele prometeu a manifestar-se para aqueles que O buscam diligentemente.
Se você deseja conhecer o Senhor de uma maneira mais intima, você precisará usar os meios os quais estão disponíveis para você. O Pai revela Seu Filho, o Senhor Jesus mostra-se, e o Espírito Santo testifica livremente dEle. Toda via as escrituras no geral atribuem a maravilha da divina manifestação ao abençoado Espírito. Nenhum homem pode experimentar dizer que Jesus é o Senhor, a não ser pelo Espírito Santo. Seu oficio peculiar é convencer o mundo da justiça, tornando-nos aptos a conhecer o Senhor nosso Justificador de um modo salvador. ”Ele me glorificará” disse Cristo “pois Ele receberá do que é meu, e tornará conhecido a vocês.” E isto Ele faz sem qualquer mérito nosso, pelo meio no qual Deus designou, e que ele nos capacita a usar corretamente.
Os meios são ambos internos e externos; os externos são o que a Igreja chama de “os meios da graça” os quais são: particularmente ouvindo ou lendo a palavra de Deus, participando da ceia, e em oração conjunta em concordância pela manifestação do Espírito como os primeiros cristãos. Estes meios costumam ser usados com a maior diligencia, mas nossa confiança não deve estar depositada nisto. O único objeto correto de nossa confidencia é Deus, que opera tudo em todos.


John Fletcher (1729-1785). Nas palavras de John Wesley sobre Fletcher: “ Eu conheci muitos homens exemplares, santos de coração e vida, por esses anos, mas nenhum igual a ele­­­­—alguém tão devoto a Deus tanto internamente quanto externamente. Um caráter tão inculpável , respeitável que não encontrei nem na Europa nem na América, e eu dificilmente espero encontrar alguém parecido desse lado da eternidade. Eu nunca vi igual a Fletcher. Grande graça pairava sobre ele. Que morte para o mundo! Que zelo pelas almas! Que comunhão com Deus! Que contato com o Céu!

domingo, 23 de novembro de 2008

Arrependimento e Conversão

“Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor.” At 3:19.

Que pena que os pregadores de hoje não se preocupem mais em agarrar este método de pregação dos primeiros cristãos inspirados pelo Espírito Santo, na pregação do evangelho de Cristo Jesus! Eles foram honrados com a confirmação de Deus através da maneira que pregavam, a autoridade divina de suas pregações e firmeza de suas pronunciações, pois isso deveria ter mais peso para aqueles que são chamados para proclamar o evangelho, do que todos estes métodos de hoje. Se este é o seu caso, “ministro”, você deveria aprender que primeiro se semeia, e então depois se colhe o que semeou; você deveria se esforçar para sulcar a terra onde irá semear ,e através disso preparar as pessoas para a bendita chuva de Deus que descerá sobre elas.

Eu estou falando de uma Bíblia que diz: “Aquele que está em Cristo é uma nova criatura, e as velhas coisas”, não “passarão”, mas sim “passaram”, e todas as coisas, não apenas “serão”, mas já se “tornaram novas”. Assim como uma criança nasce com todas as partes de um ser humano e não terá mais nenhum membro que já não tenha, quer viva dez ou oitenta anos, assim também é quando alguém se converte a Deus, a partir desse momento ela já possui todos os traços de uma nova criatura em crescimento, até se tornar um jovem e um pai em Cristo, até se tornar maduro na Graça, e então Deus o translade até a Gloria. Qualquer uma destas coisas é mais a sombra do que o conteúdo propriamente dito, no entanto as pessoas podem nos cobrar para que sejamos mais brandos e entusiastas, que não precisamos passar por angustias e sofrimentos, sendo que Paulo disse: “passo por dores de parto ate que Cristo seja formado em seus corações.”

É por uma dádiva da misericórdia que ainda não tenhamos ido para o inferno. Quantos estão perdidos e dizem Senhor me converterei, mas agora vou aproveitar a vida!? Um dos bons e velhos Puritanos disse: “o inferno é pavimento com boas intenções”. Agora você pode culpar-nos de estarmos pregando a Cristo, se estamos lhe alertando que está gastando e cansando a sua alma? È simples, venha e ouça o evangelho, pois não sabemos o que os dias e noites nos reservam; Qual a dor que temos sentido em nossos corações, e “como temos sentido as dores de parto até que Jesus seja moldado em cada coração.” Irmãos, escutem, Deus nos ajude. Salve, salve, “salvem-se de uma geração desobediente.” Pensem nisso, e que Deus faça Sua obra em nós.

George Whitefield (1714 - 1770) – Usado grandemente por Deus no Primeiro “Grande Despertamento” nas décadas de 1730 a 1740 na Inglaterra e Estados Unidos. Ministro da igreja da Inglaterra e uma figura importante no “Movimento Metodista.”

Faça Silencio!

"A igreja brevemente seria curada de suas aflições, e liberta de suas divisões, se por um tempo ficasse quieta; mas a voz de seus “Ministros Favoritos” é ouvida por alguns, e a dos “Mestres em Israel” e ouvida por outros, e então a voz de Deus é perdida no meio de tantas palavras e barulho dos “partidos”. Oh, a Igreja deveria permanecer sentada aos pés de Jesus, e jogar de lado seus pré-jugamentos, e tomar Suas palavras em simplicidade e integridade, e aceitar o que o Senhor Deus declara como única verdade. Eu convido os membros dessa Igreja, e os encorajo a verem que precisamos clamar ao Senhor por um abençoado silencio em sua presença, até que nós, como servos, possamos sentar e esperar pelas palavras do Mestre, e como servos que primeiro observam e ouvem se Mestre possamos esperar por Sua vinda. Senhor envie um silencio solene sobre Seu povo agora.

Faça silencio, para que você possa ouvir a voz de Jesus, para que quando Ele falar suas forças sejam renovadas. O Espírito Eterno está com o Seu povo, mas freqüentemente perdemos Seu poder por darmos mais ouvidos a outras vozes do que a Sua, pois silenciar nossa voz é praticamente uma injustiça para nós, pois é o que queremos ouvir quando não recebemos nenhuma mensagem do Senhor, e então nos rendemos a um som incerto. Se nós esperássemos no Espírito Santo, Sua misteriosa influencia nos dominaria divinamente, e então seriamos cheios de toda Plenitude de Deus. Nossas forças seriam renovadas, se no silêncio rendêssemos a Deus toda nossa sabedoria e força própria. Irmãos eu nunca sou plenamente cheio enquanto não sou totalmente esvaziado; nunca fui plenamente forte enquanto não me tornei extremamente necessitado. A origem de nossa fraquezas é a nossa falta de força como família, e a origem de nossas derrotas estúpidas é a nossa sabedoria própria. Faça silencio, santos, até que suas fraquezas e inexperiência sejam cobertas, e então suas forças renovadas os lance até a Deus."
C.H. Spurgeon (1834-1892) Pregador da Igreja Batista na Inglaterra conhecido como o "Principe dos Pregadores".

William Booth

“ “Sem chamado” você diz? Na verdade você deveria dizer: “Não ouço o Chamado”. Ponha seus ouvidos sobre a Bíblia, e ouça Seu convite para você ir e arrastar os pecadores para fora do fogo do Inferno. Incline seus ouvidos para o sobrecarregado, e ouça o coração agonizante da humanidade que clama por ajuda. Vá e permaneça nos portões do inferno, e ouça o maldito lhe implorar que você vá até a casa de seu pai e diga a sua família que não vá ate lá. E que olhem a face de Cristo, de quem vem a misericórdia que você tem professado e obedeçam, aplicando o coração, alma e corpo em todas as circunstâncias para manter a jornada de publicar Sua misericórdia ao mundo.”

sábado, 22 de novembro de 2008

Beautiful Lord legendado

George Müller

A vida de Fé
“Não pense em mim como um cristão extraordinário”

“Nunca me foi permitido duvidar, durantes esse 69 anos, que meus pecados não foram perdoados, de que realmente sou uma criança de Deus, de que sou amado de Deus e que finalmente fui salvo; pois eu estou habilitado, pela graça de Deus, para exercer a fé sobre a Palavra de Deus, e acreditar no que Deus falou nas passagens as quais saliento as mais importantes (1ª João 1:1, Gálatas 3:26 , Atos 10:43 , Romanos 10: 9-10 , João 3:16, etc.).
Além disso, quando tudo esteve em trevas, excessivamente em trevas, com referencia ao meu serviço entre os santos, julgando pela aparência natural; sim, quando eu ainda estava inundado em tristeza e desespero, eu via as coisas pela sua aparência exterior, mas um dia procurei encorajar-me em Deus, tomando posse pela fé de SEU grandioso poder, amor imutável e infinita sabedoria, e então disse a mim mesmo: “Deus é capaz e esta desejoso para render-me, se eu quiser; pois está escrito: ‘Aquele que não poupou Seu próprio filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará juntamente com ele, e de graça, todas as coisas? ’ Romanos 8:32. Isso foi o que as pessoas acreditaram por mim através da graça e manteve minha alma em paz.”
E finalmente, mais uma vez, não deixe Satanás lhe enganar fazendo-lhe pensar que você não pode ter essa mesma Fé dizendo-lhe que isso é apenas para pessoas especiais assim como eu. Quando eu perco alguma coisa como uma chave, por exemplo, eu peço ao Senhor que me guie até ela, e começo a observar a resposta da minha oração, quando uma pessoa com quem tenho um encontro marcado não chega na ora certa, eu começo a ficar perturbado com isso, e peço ao Senhor que apresse essa pessoa, então começo a observar a resposta da minha oração, quando não compreendo uma passagem da Palavra de Deus, eu levanto meu coração ao Senhor para que Seu Espírito Santo me instrua, e espero para ser ensinado; quando vou ministrar a Palavra eu busco a ajuda do Senhor, e apesar de ciente da total incapacidade humana de começar o Seu serviço, eu não fico desencorajado, mas cheio de coragem, pois eu espero por sua assistência, e acredito que Ele, através do propósito de Seu querido Filho irá me ajudar. E de uma maneira ou outra em minhas preocupações temporais ou espirituais eu oro ao Senhor, e espero Sua resposta para as minhas petições; e você pode fazer o mesmo meu querido leitor?Oh! Eu lhe suplico, não pense em mim como um crente extraordinário, tendo mais privilégio do que os outros filhos de Deus, pois eu não tenho, nem olhe os meus atos de fé como algo que os outros crentes não poderiam fazer. Mas faça o teste! Permaneça firme até na hora da dificuldade, e você verá a ajuda de Deus, se você confiar NELE. Mas freqüentemente existem tantas maneiras de se abandonar os caminhos do Senhor em horas de dificuldades, e desta maneira a comida da Fé, o meio segundo o qual nossa fé pode crescer, é perdido. “Toda boa dádiva e todo bom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudanças nem sombra de variações.” Tiago 1:17.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Verra Cruz

Nome: Verra Cruz
Genero: Hard Rock
Cd's: Innocence
Site: www.myspace.com/verracruz
Comentários: Fomada pelo guitarrista da Vineyard UK, Verra Cruz se tornou uma das melhores bandas de musica contemporania ganhando ate o festival da Gibson na Inglaterra.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Leeland

Nome: Leeland
Genero: Alternativo
Cd's: Soud of Melodies
Site: www.myspace.com/leelandmusic
Comentários: Com letras maravilhosas e musicas excelentes, Leeland tem mostrado uma nova face da musica onde meninos podem escrever tão bem quantos os "gigantes".

domingo, 16 de novembro de 2008

sábado, 15 de novembro de 2008

Videos em Destaque

"Carregado por Anjos"
Leonard Ravenhill
1907 - 1994
"As coisas pelas quais você vive são dignas da morte de Cristo?"

A.W. Tozer


“Devemos nos preocupar com o 'arrependimento' que é apenas uma mudança de localização. Ao passo que outrora pecávamos na terra longínqua entre os porqueiros, agora somos companheiros de pessoas religiosas, consideravelmente mais limpas e muito mais respeitáveis na aparência, por certo, mas não estamos mais próximos da verdadeira pureza de coração do que antes. O pecado pode mudar de aparência sem mudar de natureza. Um cristianismo sem poder não faz nenhuma diferença fundamental na vida de uma pessoa. A água pode mudar de líquido para vapor, de vapor para neve e de novo para líquido, e continua fundamentalmente sendo a mesma coisa. Assim, o cristianismo sem poder faz no homem diversas mudanças superficiais, porém, deixando-o exatamente igual ao que era antes. É justamente aí que está a armadilha. As mudanças são apenas de forma, não de natureza. Por trás do homem não religioso e do homem que recebeu o evangelho sem poder estão os mesmos motivos; Um ego não abençoado jaz no fundo de ambas as vidas, com a diferença que o ultimo aprendeu a disfarçar melhor o defeito. Os seus pecados são mais refinados e menos ofensivos do que antes, mas não é melhor aos Olhos de Deus. Na verdade pode ser pior, pois Deus abomina o artificialismo e o fingimento. Ele se torna vítima de um cristianismo sem poder. O homem que recebeu a Palavra sem poder apurou a sua sebe, mas esta continua sendo uma sebe de espinhos e jamais poderá produzir os frutos da nova vida. Os homens não podem colher uvas dos espinheiros nem figo dos abrolhos. Entretanto, tal homem pode ser um líder na igreja, e as suas idéias podem chegar a influenciar sua geração.” (A.W. Tozer, 1951)

George Whitefield



George Whitefield viveu de 1714 a 1770. Na sua vida adulta, era tão conhecido quanto qualquer outra figura pública nos países de língua inglesa. Com apenas 22 anos, era um dos mais destacados proponentes do movimento religioso que sacudiu aqueles países, que seria conhecido como o Grande Despertamento. Talvez se possa dizer que só a Reforma Protestante e a Era Apostólica tenham ultrapassado o fervor espiritual que Deus derramou neste período.

George Whitefield pregou na Inglaterra, na Escócia, no País de Gales, em Gibraltar, em Bermudas, e nas colônias norte-americanas. Sua vida serviu de inspiração e tocha para vários outros pregadores contemporâneos e posteriores. Eram homens de fervor que procuravam entregar suas vidas 100% a Cristo Jesus.

A seguir, alguns fatos a respeito da sua juventude, conversão e preparação para o ministério:

George era o sétimo e último filho de Thomas e Elizabeth Whitefield. O pai era proprietário da Bell Inn, um hotel em Gloucester, na Inglaterra. Era o maior e mais fino estabelecimento da cidade e tinha dois auditórios, um dos quais era usado para exibição de peças teatrais.

Quando tinha apenas dois anos de idade, o pai de George faleceu. Depois de alguns anos, sua mãe casou-se novamente, porém foi uma união malograda que terminou em divórcio e fracasso financeiro.

Desde pequeno, George se destacou como talentoso orador e ator nas peças teatrais da escola. Sua mãe, vendo seu potencial, fez questão que ele estudasse, embora outros de seus irmãos tivessem que trabalhar para sustentar a família.

Da mãe, George herdou a forte ambição de ser "alguém no mundo". De alguma forma, ela sempre esperava mais dele do que de seus outros filhos. Outra influência forte na juventude era sua paixão pelo teatro. Como garoto, lia incessantemente peças teatrais e faltava da escola para ensaiar suas apresentações. Esta necessidade e dom de se expressar dramaticamente continuariam durante todo o resto da sua vida.

Aos quinze anos de idade, George foi obrigado a deixar seus estudos para trabalhar pelo sustento da família. Durante o dia trabalhava e à noite lia a Bíblia. Seu sonho era de estudar em Oxford. Porém, não havia condições financeiras para isto. Finalmente, sua mãe descobriu uma saída. Ele poderia ir como "servidor", que era uma espécie de empregado para três ou quatro estudantes de classe alta. Assim, aos 17 anos, com muita expectativa, ingressou na Universidade.

A Busca Intensa Por Deus

Suas responsabilidades como servidor incluíam lavar as roupas, engraxar os sapatos e fazer as tarefas dos estudantes a quem servia. Os servidores viviam com o dinheiro e as roupas usadas que aqueles quisessem lhes dar. Tinham de usar uma túnica especial e era proibido que os estudantes de nível mais elevado lhes dirigissem a palavra. A maioria acabava abandonando os estudos para não terem que sofrer tamanha humilhação.

George era extremamente intenso e dedicado e, achando que tinha de ganhar a aprovação de Deus, visitava prisioneiros e pobres, além de todas suas outras obrigações. Seus colegas, por um tempo, tentaram atraí-lo à vida social e às festas, mas logo viram que não adiantaria e deixaram-no em paz Alguns começaram a chamá-lo de "metodista", que era o nome pejorativo que davam aos membros do Clube Santo, embora ele ainda não tivesse tido nenhum contato com aquele grupo. Como servidor, não lhe era permitido tomar a iniciativa de procurá-los.

O Clube Santo era um pequeno grupo de estudantes dirigido por um professor em Oxford, chamado John Wesley. Aos outros estudantes, a vida disciplinada exigida pelo Clube parecia tolice e o nome "metodista" dava a idéia de uma vida regida por métodos mecânicos, desprovidos de racionalidade, como se as pessoas fossem meros robôs.

Foi Charles Wesley que ouviu falar desse aluno dedicado e piedoso e, rompendo as barreiras sociais, procurou Whitefield e o convidou para um café da manhã. Com isso, iniciou-se uma amizade que duraria para o resto das suas vidas.

Os membros do Clube Santo levantavam-se cedo, tinham prolongados tempos de devoções a sós com Deus, praticavam autodisciplina e tentavam garantir que nenhum momento do dia fosse desperdiçado. À noite, guardavam um diário para fazer uma avaliação da sua vida e arrancar qualquer pecado que estivesse brotando ou se manifestando. Celebravam a Eucaristia aos domingos, jejuavam toda quarta e sexta-feira e usavam o sábado como dia de preparação para a festa do Senhor no domingo.

O Clube Santo também era profundamente comprometido com a Igreja Anglicana e conhecia sua história e suas normas melhor que ninguém. Visitavam prisões e bairros pobres, e contribuíam a um fundo de auxílio para os presidiários e especialmente para os seus filhos. Os membros também se esforçavam muito no pastoreamento de estudantes mais jovens, ensinando-os a evitar más companhias e encorajando-os a serem sóbrios e estudiosos, até mesmo auxiliando-os quando tinham dificuldades nos estudos.

Tudo isto era ótimo, mas havia um problema fundamental: era uma salvação baseada em obras. Por mais que fizessem, experimentavam pouquíssima alegria, pois a natureza da sua salvação ainda era um mistério insondável e Deus estava distante. Nenhum dos líderes havia ainda experimentado a verdadeira graça de Deus no evangelho de Jesus Cristo.

O Desespero Fica Maior

Whitefield ficou mais e mais consciente do seu anseio interior por conhecer Deus de forma íntima e verdadeira, mas não sabia aonde recorrer. Ele lia com voracidade e finalmente achou um livro antigo, escrito por um escocês desconhecido, o Rev. Henry Scougal, intitulado A Vida de Deus na Alma do Homem. Neste livro, ele descobriu que todas suas boas ações, que pensava estarem conquistando-lhe o favor de Deus, não tinham valor algum. O que precisava realmente era Cristo ser formado "dentro" dele, ou seja, nascer de novo.

Scougal ensinou que a essência do cristianismo não é a execução de obrigações exteriores, nem uma emoção ou sentimento que se pode ter. A verdadeira religião é a união da alma com Deus, a participação na natureza divina, viver de acordo com a imagem de Deus desenhada sobre nossa alma – ou na terminologia do apóstolo, ter "Cristo formado em nós". Whitefield aprendeu destes ensinos a maravilha que é Deus querer habitar no nosso coração e realizar sua obra através de nós, e quão profunda e admirável é a graça que torna possível a vida de Deus habitar na alma do homem.

Este livro maravilhoso, porém, acabou deixando Whitefield quase enlouquecido. Ele não sabia como nascer de novo, mas começou a buscar esta experiência com todas suas forças. Deixou de comer certos alimentos e dava o dinheiro que economizou com isto aos pobres; usava só roupas remendadas e sapatos sujos; passava a noite inteira em fervorosa e suada oração; e não falava com ninguém. Para negar a si mesmo, abandonou a única coisa de que realmente gostava, que era o Clube Santo. Começou a ir mal nos estudos e foi ameaçado com expulsão. Seus colegas o acharam completamente "pirado". Orava ao ar livre, no relento, mesmo nas madrugadas mais gélidas, até que uma de suas mãos ficou preta. Finalmente, ficou tão doente, enfraquecido e magro que não conseguia nem subir a escada para sair do quarto. Tiveram de chamar um médico que o confinou à cama por sete semanas.

Uma Simples Oração

De forma surpreendente, foi neste tempo de descanso e recuperação que sua vida finalmente foi transformada. Ele ainda mantinha um tempo devocional com Deus, de acordo com suas forças. Mas agora começou a orar de forma mais simples, deixando de lado todas suas idéias e esforços e tentando realmente escutar a voz de Deus.

Certo dia, ele se jogou sobre a cama e clamou: "Tenho sede!" Foi a primeira vez que havia clamado a Deus em total incapacidade e insuficiência. E foi a primeira vez em mais de um ano que sentira alegria.

Neste momento de total entrega ao Deus Todo-poderoso, um pensamento novo penetrou seu coração. "George, você já tem o que pediu! Você cessou suas pelejas e simplesmente creu e agora nasceu de novo!"

Foi tão simples, tão absurdamente simples, ser salvo por uma oração tão singela, que Whitefield começou a rir. E assim que riu, as comportas dos céus se romperam e sua vida foi inundada por "gozo indizível, cheio e transbordando de grande glória".

Sua aparência exterior ainda era de um universitário doentio e fraco, porém a carreira do maior evangelista do século XVIII tinha acabado de nascer. Ele ainda levou nove meses para recuperar fisicamente, mas no seu coração havia só um desejo: compartilhar as Boas Novas que Jesus Cristo viera para os pecadores e que o pecador só precisava arrepender-se, aceitar a morte expiatória de Jesus e lançar-se espiritualmente nas mãos de Deus.

Em sua casa em Gloucester, Whitefield manteve sua vida disciplinada do Clube Santo, mas tudo agora tinha um novo significado. Não era mais para alcançar o favor de Deus ou tornar-se justo, mas para focalizá-lo em servir a Deus. Diariamente, meditava numa passagem bíblica que lia em inglês, depois em grego, e finalmente no famoso comentário de Matthew Henry. Orava sobre cada linha que lia, até que entendesse e recebesse o seu significado, e sentisse que já fazia parte da sua vida. Logo fundou uma pequena sociedade que se reunia todas as noites.

O Leão Começa a Rugir

Não demorou muito e já estava tendo oportunidades de pregar. Inicialmente, tinha receio de ser ordenado muito jovem e de se envaidecer. Mas colocou diante de Deus um sinal: se, por um milagre, houvesse provisão para voltar a Oxford e se formar, ele aceitaria a ordenação. E, pouco a pouco, foi isto que aconteceu. Ao mesmo tempo, soube que os irmãos Wesley tinham ido à América como missionários e que precisavam de alguém para dirigir o Clube Santo. Desta forma, voltou a Oxford, completou seu curso e foi ordenado.

Inicialmente, tentou ficar quieto no seu lugar. Seu objetivo era alcançar outros estudantes, na base de um a um. Mas havia um problema. Desde o momento que abriu sua boca, todos queriam ouvir mais. Depois de quatro semanas pregando mensagens em Gloucester, Bristol e Bath, um pequeno avivamento se iniciara. As igrejas estavam lotadas e as ruas estavam cheias de gente tentando entrar. Whitefield tinha apenas 22 anos.

Apesar da sua formação acadêmica, Whitefield utilizou muito mais seus talentos dramáticos para comunicar as verdades espirituais do que conhecimentos intelectuais. Concentrou no aperfeiçoamento do que hoje chamaríamos de linguagem corporal. A paixão seria sua chave na pregação das verdades espirituais que muitos já tinham ouvido, porém sem vida.

Sem muita prática em homilética, sua sensibilidade dramática logo o colocou numa classe à parte. Lágrimas, fortes emoções, agitado movimento corporal – mas acima de tudo, uma experiência intensamente pessoal do Novo Nascimento – eram características da sua pregação e das reações dos seus ouvintes. Sua prodigiosa memória o capacitava a transformar o púlpito num teatro sagrado que representava os santos e pecadores da Bíblia diante dos seus ouvintes fascinados.

Entre os que ficavam encantados diante das pregações, estava um grande ator inglês, David Garrick, que exclamou: "Eu daria cem guineas (moeda inglesa da época – equivalente a mais de uma libra moderna) se eu pudesse dizer Oh como o Sr. Whitefield!"

Com suas mensagens vivas, dramáticas e cheias de alegria espiritual, o país da Inglaterra começou a ser abalado. As verdades eram simples, diretas e baseadas nas doutrinas básicas do novo nascimento e da justificação pela fé. Mas para as pessoas que nunca antes ouviram tais coisas com clareza, eram como descargas de raios no coração. Ele não estava declarando sua própria mensagem, mas a mensagem de Deus: "É necessário nascer de novo".

Logo houve resistência, principalmente por parte dos clérigos que se perturbavam com a oração de Whitefield para que eles também nascessem de novo. Pessoas das camadas mais elevadas da sociedade também não gostavam de ouvir que eram pecadores e precisavam se arrepender.

Uma Forma Revolucionária de Pregar

Em 1739, com 24 anos de idade, Whitefield começou a pregar ao ar livre. Várias igrejas haviam fechado as portas para suas pregações e ele não queria depender mais da disponibilidade de igrejas ou auditórios. Partiu para Kingswood, perto de Bristol, onde havia milhares de mineiros de carvão, que viviam em condições deploráveis. Homens, mulheres e crianças trabalhavam longas horas embaixo da terra, no meio de morte e doença. Para Whitefield, eram como ovelhas sem pastor.

Em fevereiro, o frio era intenso, mas ao passar pelos barracos e favelas, Whitefield encontrou 200 pessoas dispostas a ir ouvi-lo. Ele pregou dramaticamente sobre o amor de Jesus por eles e como sofreu a cruel morte da crucificação, só para salvá-los dos seus pecados. Enquanto pregava, começou a notar faixas brancas nas faces enegrecidas de alguns mineiros. Logo, todos os rostos escuros estavam manchados com as valetas brancas das lágrimas que corriam enquanto o evangelho de Jesus convencia a todos, um por um.

Três dias depois, Whitefield foi proibido de pregar em Bristol novamente pelo conselho da diocese. Porém, no dia seguinte ele pregou na própria mina, onde desta vez havia 2000 pessoas para ouvi-lo. No domingo seguinte, havia 10.000 e muito mais pessoas da cidade do que das minas. E no dia 25 de março de 1739, a multidão foi estimada em 23.000. Com este método heterodoxo e controvertido de pregação ao ar livre, parecia não haver limites para o crescimento do Grande Despertamento.

Estima-se que Whitefield tenha pregado para mais de dois milhões de pessoas, só naquele verão. Sua ousada pregação nos campos abalara de vez o fraco e tímido cristianismo da sua época. Quando chegou em Filadélfia, em agosto daquele ano, os jornais noticiaram que George Whitefield havia pregado a mais pessoas do que qualquer outra pessoa viva, e provavelmente do que qualquer outra pessoa na história, até então.

Melhor Esgotar-se do que Enferrujar

Whitefield cruzou sete vezes o oceano Atlântico entre a Inglaterra e a América. Faleceu em 1770, com apenas 55 anos de idade. Em 34 anos de ministério, pregou mais de 18.000 sermões, ou uma média de mais de 10 por semana. No seu último ano de vida, apesar da saúde prejudicada pela extrema intensidade da sua vida, recusou-se a parar, dizendo que preferiria se "esgotar a enferrujar".

Antes de pregar sua última mensagem, sentindo-se muito mal, Whitefield orou: "Senhor, se ainda não completei minha carreira, deixa-me ir falar por ti mais uma vez no campo, selar tua verdade e voltar para casa e morrer!"

Sua oração foi respondida. Seu último discurso foi no meio da tarde, num campo, em cima de um barril. Seu texto foi: "Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé" (2 Co 13.5). O tema foi o novo nascimento.

No começo falava com muita dificuldade, sua voz rouca, sua dicção pesada. Frase após frase saía sem muito nexo, sem atenção a objetivo ou oratória. Mas, de repente, sua mente se acendeu e sua voz de leão bradou mais uma vez, alcançando as extremidades da sua audiência.

Falando da ineficácia de obras para merecer a salvação, Whitefield trovejou: "Obras! Obras! O homem alcançar o céu por obras! Eu pensaria antes em alcançar a lua subindo numa corda de areia!"

Esta foi a exortação final do grande pregador. A luz que brilhou na sua alma queimou com ardor até o fim da sua vida.

Talvez Deus não lhe tenha dado uma voz de leão, nem o talento dramático da comunicação em massa. Mas não há limites para o que Deus pode fazer através de uma vida, por jovem que seja, quando o genuíno fogo do céu se acende nela.

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