terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Revelações Apostólicas


Pedro, Tiago e João parecem que foram os principais dos apóstolos em força espiritual e ousadia; todavia, a manifestação na qual eles tiveram de Cristo no monte da transfiguração quase os deixou aterrorizados. Seus corpos sacudiam debaixo do peso da glória, e quando eles acordaram do sono (ou transe) eles não podiam reconhecer a si mesmos, eles não sabiam o que dizer. Isso tinha acontecido anteriormente com Daniel, e mais tarde com João o apóstolo amado, que quando viu seu Salvador com brilho de glória, caiu diante de seus pés como morto. Paulo não apenas perdeu sua visão em uma ocasião, mas quase perdeu sua vida ficando inapto para tomar qualquer refeição por três dias e três noites. Também geralmente se supõem que Moises realmente morreu debaixo de poderosíssimas revelações do amor redentor. Não obstante, nós aprendemos que a maneira e o tempo de Deus são melhores, e que somos guiados por ambos através de Sua graciosa sabedoria; Ele utilizando os meios pelos quais ele prometeu a manifestar-se para aqueles que O buscam diligentemente.
Se você deseja conhecer o Senhor de uma maneira mais intima, você precisará usar os meios os quais estão disponíveis para você. O Pai revela Seu Filho, o Senhor Jesus mostra-se, e o Espírito Santo testifica livremente dEle. Toda via as escrituras no geral atribuem a maravilha da divina manifestação ao abençoado Espírito. Nenhum homem pode experimentar dizer que Jesus é o Senhor, a não ser pelo Espírito Santo. Seu oficio peculiar é convencer o mundo da justiça, tornando-nos aptos a conhecer o Senhor nosso Justificador de um modo salvador. ”Ele me glorificará” disse Cristo “pois Ele receberá do que é meu, e tornará conhecido a vocês.” E isto Ele faz sem qualquer mérito nosso, pelo meio no qual Deus designou, e que ele nos capacita a usar corretamente.
Os meios são ambos internos e externos; os externos são o que a Igreja chama de “os meios da graça” os quais são: particularmente ouvindo ou lendo a palavra de Deus, participando da ceia, e em oração conjunta em concordância pela manifestação do Espírito como os primeiros cristãos. Estes meios costumam ser usados com a maior diligencia, mas nossa confiança não deve estar depositada nisto. O único objeto correto de nossa confidencia é Deus, que opera tudo em todos.


John Fletcher (1729-1785). Nas palavras de John Wesley sobre Fletcher: “ Eu conheci muitos homens exemplares, santos de coração e vida, por esses anos, mas nenhum igual a ele­­­­—alguém tão devoto a Deus tanto internamente quanto externamente. Um caráter tão inculpável , respeitável que não encontrei nem na Europa nem na América, e eu dificilmente espero encontrar alguém parecido desse lado da eternidade. Eu nunca vi igual a Fletcher. Grande graça pairava sobre ele. Que morte para o mundo! Que zelo pelas almas! Que comunhão com Deus! Que contato com o Céu!

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